…CINZAS…IMUNDAS…MORTAS…

      O mar de palavras sem significados não me afoga mais, pois foi sugado pelas ondas de asneiras. Agora, vivo plenamente minhas doces verdade que acariciam, suavemente, meus rostos. Nenhuma cicatriz ficou do incidente que demonstra como os seres humanos são sem caráter e infiel. Estou com meu coração puro e limpo como sempre, nunca me sujei com traições e deslealdades, porque acredito que devemos permanecer nossa alma intacta pelos impulsos animalescos e sem nobreza que invadem os desejos pela carne que apodrece cada vez mais todos os sentimentos. Tudo aquilo que fora dito virou cinzas que se esvaia no sangue do adultério. Sei muito mais que as pessoas pensam. Uma pena, porque você não pode me enganar por mais que diga o contrário o fato apareceu como constelações apodrecidas de sangues sujos que é tudo que você em alguns meses atrás, ou melhor, desde que tentou me amar oferece.

      O amor acaba, mas como? Se nem sequer existiu, nunca houve absolutamente nada. Apenas poeiras imundas de sua falta de caráter de casos empoeirados, indignos e danificam apenas sua imagem. O nosso relacionamento foi concebido pelo nada e vomitado pela luxuária de sua indignidade de seguir seus instintos grotescos para realizar seus prazeres egoístas. Não adianta negar, eu sei de toda a verdade por completa. Saiba de uma coisa, nasci para brilhar como uma maravilhosa constelação que cobre meu céu de verdade, porque sempre mantive a minha integridade com valores justos e inteiros. Tenho caráter e mais força do que você jamais demonstra. O que vejo é reflexo de sua covardia.

      Neste momento, não me escondo atrás de nenhuma palavra de falsas promessas e dizeres acimentados pela poeira do esquecimento. Nunca chegarei ao nível de reduzir meus valores éticos ao chão para saciar as vontades animalescas que dominam o corpo irracionalmente.

      Apesar de tudo, não me sinto desolada e desamada, pois você nunca sequer se dedicou algum sentimento a mim. Estou puramente livre e íntegra para ser feliz em outro caminho que mostre grandes horizontes de verdades e muito amor.

      O som do vento sibilou, aqui eu concluiu a saga da minha transformação. Pode fica tranquilo, nenhuma gota sua estará em nenhum outro texto meu. Agora, finalmente é enterro de suas traições, mentiras, falácias, cinismos e sua queda ao mundo anti-ético. Não te desejo mal algum, pois sei que a vida têm causas e consequências e sei muito bem que elas virão.

      Mesmo que você não conforme com o meu “adeus”, para mim sempre será dessa forma. Adeus, as minhas cinzas de desilusão, ao meu tempo que desperdicei com algo podre que não sabe valoriza a própria integridade. Adeus, ao mundo anti-digno anti-sentimento. Adeus, a tudo que devorar a alma e o corpo e reduz em uma criatura enganadora, nojenta, imunda. Adeus, para sempre. Jamais pense em fazer parte de minha vida, pois te aviso que seu enterro terminou hoje. Morra nas terras do esquecimento. Não sofro mais, pois nunca te amei, fui enganada pela minha caridade e vontade de amar desesperadamente. Não me culpe pela ingenuidade, você tentou me enfeitiçar, mas essa maldição foi quebrada…Foi tentou me usar, mas ninguém usa a verdade. Você se próprio derrotou em suas orgias sangrentas de mentiras.

      Não permitirei me afogar em mares de cinzas que apodrecem pessoas sem caráter como você. Se continuar neste caminho, sinto-lhe dizer que suas cinzas dissiparam para sempre, portanto perderá sua verdadeira identidade. Cuidado com os caminhos que segue. Por isso, imploro não me procure mais. A única coisa que terá de mim será minha indiferença silenciosa e o desejo para que você não se desapareça como uma imundice monstruosa que está se tornando.

      O meu caminho terás grandes conquistas que farei de alma íntegra, porque nossa vida é como espelho reflete para todo os lados. Não deixe sua imagem apodrece como está acontecendo.Não se deixe sujar ainda mais. Não tente me convencer o contrário, pois a verdade é maior do que tudo.Se você, não tem coragem para falar que nunca me amou. Eu tenho e digo: EU NUNCA TE AMEI, SINTO MUITO. PENSEI QUE ERA ALGO, MAS SEMPRE FOI NADA.VOCÊ FOI INESCRUPULOSO E IMUNDO. APENAS USOU DE MINHA INOCÊNCIA E PUREZA. ADEUS!

As cinzas foram devoradas da morte,ali jazia o fim….

Funeral de mentiras

Tudo muda quando a verdade invade aquele espaço. Estava serenamente como uma melodia poética que cantava ondas noturnas. De um forma muito rápida tudo venho à tona:

Você nunca me amou, só falou grandes mentiras e enganou numa teia de ilusão. Eu sei de toda a verdade agora. Não sofro mais por isso. Nunca esperarei você novamente. Adeus, nunca mais acreditarei em você. Você nunca soube me valorizar. CHEGA, de teatro. Estarei pronta para quem saberá me amar com sinceridade.

Estava mais do destinada para ser feliz, pois não merecia mais sentir dor para quem nunca me amou. A partir de agora, serei mais forte e jamais deixarei ser encantada por qualquer sorriso que agora só tem o meu escárnio e desdém. A minha indiferença será a fonte que alimenta meus sonhos lentamente.

Você jamais vai me iludir novamente, nem verá meu sorriso e meus olhos contemplando a vida. Seu tempo ficou no nunca mais. Eu destruir tudo que tínhamos de sentimentos. Agora, meu bem, você não existe mais dentro de meu coração, pois eu também nunca te amei. Fui enganada por um sentimento tolo… Esquece de nós, pois nunca mais haverá… Adeus, para sempre. Hoje, enterro todas as suas mentiras! Todos os seus desamor…

Escárnio da ternura de um sorriso realístico

      Uma resposta estava esclarecida a cada momento que vivia a sua verdade tão límpida e repleta de girassóis que nasciam no outono e morria na primavera. Desde o começo já era nítido compreender a contradição dos fatos, e como fora perdida em tantas promessas em que único caminho era à distância do desamor. Sentia suas forças restaurarem o mais puro de sua existência, pois acabara de consagrar o túmulo de deslembranças. Não quer dizer que apagaria como se fosse flashes significantes, apenas adormeceriam no sono da morte tudo que vivera num passado indiferente com o agora tão cheio de fôlego e realidade.

      Ninguém seria capaz de destruir seus sonhos realísticos e motivadores, ninguém ordenaria e prometeria um futuro encantando com gotas sangrentas de lirismo que nem era inspirado por um poema por mais simplória que seria devido a escassez de linguagem verdadeira e musicalidade do coração. Portanto, o poema dentro daquela atmosfera sabia distingui de uma promessa racionalista para bagatelas de juntaras de palavras sem sentido,  porque nunca se concretizaria.

      Nas ondas noturnas um sorriso era produzido como uma forma de reflexão e exalar um escárnio necessário, talvez, o desprezo seria algo que motivava aquele crescente desejo de se libertar. Mas para quê, pois sabia que estava livremente imersa dentro da realidade marítima que navegava dignamente suas horas. Aquele tempo era feito de agora e esse era melhor tempo possível e humano para aproveitar. Dali, construiria suas ambições que cresciam como flores perfumadas de ternura perfuradas pelo sofrimento. Nada estava perturbando que se revelou foi totalmente preciso. Não queria que tivesse mudado, pois não admitira se engano em um futuro do presente posterior que agora é seu futuro do pretérito, isto é, jamais aconteceria. Mesmo dele advertir outras falácias prometidas, no entanto, a descrença crescia e não tinha como aceitar aquela condição de menosprezo. Por isso, revertia aquele sentimento para desdém de outro e não seria mais reduzida por nenhuma partícula de amores destorcidos. Miragens sem perdem na eternidade de um amor prometido que tinha certeza que naquele coração não seria cumprido, porque as ações não podem se enganar. Que alívio ao pensar nisso. Sentia-se indiferente diante de tudo aquilo… Apenas sorria com escárnio para imagem de um alguém que declarou que a amava como se fosse única e que fez grandes planos enfeitiçados pela penúria o ilogismo utomentira.

      Naquele olhar que transparece uma alma serena desejava que cada um seguisse seu destino com seus corações em busca da verdade. Pois jamais aceitaria que uma alma cinzenta expresse sentimentos conturbados e esperados por qualquer coração encantado e depois revelasse sua verdade ao final do discurso. Jamais diga a alguém que amará eternamente, porque nem a pessoa sabe desse universo de sentimento podendo ser facilmente enganado pelo fogo ilusório. Nunca olhe em outros olhos e diga asneiras incolores.

– Não diga que me ame. Não quero saber de irrealizações. Conheço a realidade com ternura e também com meu escárnio, usarei cada um dele para cada ação que estimular uma sensação determinada. Não fale que sou única e que voltara pensando que fará eu esperar que nem uma imbecil, pois nada disso eu sou. Sei que sou ingênua, mas não nesse ponto ridiculamente nítido. Não invente desculpas inconvenientes. Ninguém que ame de verdade foge como se fosse uma barata preste a ser devorada pela G.H com medo de anular sua própria identidade humana. Nunca faça promessas que sabe no fundo que não cumpriria, porque isso não demonstra caráter e humanidade. Mesmo que pense que estou enganada, sei que não estou. A realidade e mais forte do que suas próprias e contraditórias palavras. Não guardo nada disso. Dentro desse nada existe apenas de seu amor prometido que se despede sem velas acessas e nenhuma flor para fraterniza seu fim… Quando é amor sente-se desde ao primeiro olhar e nada conspirar para destruí-lo. Infelizmente, mais um engano…Quero apenas que siga sua vida feliz, pois  assim que farei com a minha sem rancores, e peço para que minhas palavras não sejam desconsideradas, porque sei que são verdadeiras…

      No fundo daquele mar existia em suas profundezas uma luz reluzente que escondia seu amor que tinha certeza que apareceria na hora certa por alguém que saberia valorizar aquele sentimento…

 

Doce nada

Não nasci apenas para promessas falsas,

para idealizações utópicas sem realizações,

para tropeços fundos sem razões e justificações adequadas,

para abismos injustos…

Chega desse grande inventário de gritos que sussurram em uma alma…

Que silêncio escuro que invade esta noite,

Sem mais nada a dizer..

Apenas afirmo:

Chega do seu doce vazio, doce vazio..

Não mereço esse sentimento,

Não aguento mais falácias que constroem pontes desregulares,

Fui feita para viver a verdade e as ações dignas da vida..

Não esperar um futuro distante e improvável.

Chega de promessas!!!

Utopias, pois isso mais parece uma distopia,

mas com minhas forças determino outro presente para meu agora.

Esse momento estou livre de qualquer ilusão,

pois o que restou apenas foi seu doce nada..

Já que foi decidido, destruirei o que tínhamos em comum.

Sou capaz de me erguer em cada gotícula e ser muito mais feliz

do que pensava que seria com a sua alma.

Meu coração se consolou por ser verdadeiramente só, ou invés, de se

perder em um monte de bagatelas inúteis de palavras,

pois os fatos valem mais do que palácios de palavras,

porque esse reino é da realidade e não existem:

príncipes, princesas, magias e feiticeiras…

Existe somente a endurecida realidade o qual temos que aprender a navegar

para não despencar com sua força marítima.

Eu sei muito bem navegar, nunca me afogarei dessa forma,

pois cada um possui o destino que merece e escolhe.

E você escolheu o seu. Eu também escolhi o meu.

E ele é sem promessas ilusórias.

Chega de doce nada, meu bem.

O que realmente quero é amor de verdade

e não perderei a esperança de encontrar.

Adeus para o amor, de Rubem Alves

      Ciúme é a dor no coração ao ver a pessoa amada dando  adeus, na fantasia. A cena do pássaro voando é dilacerante. Porque , no ciúme, ele voa para outro…

      Ciúme não é falta de confiança na pessoa amada. Confio que a pessoa amada nunca me trairá com seu corpo: conheço o seu caráter. Mas não posso confiar nos seus sentimentos. Não somos donos dos sentimentos: eles se encontram além da nossa vontade.

      Neste momento, entendera os motivos da vida. Fechou seus olhos. Sentia livre, leve e flutuante. Ninguém mais despedaçaria seu coração. Chega de ilusões e promessas inúteis e vagas!

Adeus!

Só restou as cinzas do silêncio…

Os mares sem amares: O novo caminho da felicidade

    No fundo do mar viviam todos os sonhos ainda não realizados e deveriam ficar lá até estarem prontos,no entanto, aqueles mais ousados que pretendiam ser alcançados logo não tinham força suficiente para aguentar o impacto das ondas selvagens, portanto acabavam sendo devorados impetuosamente. Por isso, era necessário espera o momento exato para que aqueles sonhos transformar-se em realidade-plena.

    Tinha confiança que dentro daquele coração atrás da dor e fratura realista existia uma grande margem de restruturação e sentia que seus pés caminhavam na areia tênue que se enroscava, levemente, em seus pés. Depois daqueles destroços em que uma parte de seu sentimento foi comido e outra roubada desenvolveu várias flores de lírios amarelos. Aquela iluminação floral redefinia seus novos conceitos reflexivos da vida.

    A persistência daqueles olhos em observar um horizonte límpido, real e puro era tanto que não media nenhuma condição para não realizar. Mesmo que seus sonhos impulsivos sejam destruídos pelo própria mar em que concretiza seu destino preventivo de fazê-la feliz livremente. Sem ninguém, sem sentimentos irreais, sem palavras doces, entretanto, somente com reais dignas e realisticamente certas e precisas decisões. Uma grande pena esses mares sem amares…

    Todavia, diante de todas as circunstâncias por mais ruins que sejam, agora soam como uma poesia amarga em que todo tipo de sofrimento é um caminho para a felicidade tão almejada por aquela alma. Como uma libertação ela exclamou:

–  Amor(nada, algo, desconhecido, incerto ou utópico), quando vim que seja de verdade. E se for verdadeiro que fique. Pois não tem sentido fugir de suas pulsações….Agora, sei que somos enganados pela ilusório dito como “verdade”. Eu já sai da caverna faz tanto tempo que essa realidade destrutiva nem dói, mas no fundo fica uma mágoa quase incurável de descrenças de sentimentos e bondades de outras almas declamantes.

    Dentro daqueles olhos refletiam linhas literárias de uma crônica muito peculiar e poética, Ostra Feliz não faz Pérola, de Rubem Alves. 

Ostra Feliz não faz pérola, de Rubem Alves

    Ostra são moluscos, animais sem esqueletos, macias, que representam as delícias gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas- são animais mansos-, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e dizia: “Ela não sai da sua depressão…”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho- por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou,levou-as para casa e a sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente, seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas uma ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa.

    Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A reposta que encontrou foi a mesma a ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não se elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethovem- como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa..

 

 

    Quais linhas seriam traçadas a partir daquele momento?

Destroços e ressonâncias dilaceradas

     A fratura daqueles cortes de palavras que foram ditas sangraram durante alguns dias, mas foi necessário para que cicatriz seja eficaz. Aquele sangue grosso e escarlate transmitia a verdade por trás de tudo aquilo. Naquela mesma alma ninguém poderá feri-la de nenhuma maneira, mesmo que seja sensivelmente pensada e talvez precisa. Todavia, nunca deixaria que os sentimentos traduzem e escureça de pensamento incerto.

      As motivações ainda estavam petrificadas como caminhos destraçados para outro amanhã tão profundamente sem distinção com presente. Aquele agora era tão vívido, sentia a sua superação poética que transformava as moléculas de todas as expressões que atingiam seu corpo-alma. Estava farta de tantos desencantos e normas desregulares que conduziam aos pesares e sentires de cada suspiro. A importância dessa reflexão estava perdida ao atormento de que tudo não poderia ser verdade. Até a nossa própria existência.

     Às vezes, ela divagava em filosofia, e um sorriso humano invadiu a face da alma e disse dentro de si:

– Entre enormes muralhas o que sempre sobreviveu foi a motivação de viver dignamente. Nada era maior do que os outros grandes sentimentos que todos idealizam. Imbecis pensam que sejam verdade. Infelizmente, àqueles que pensou ter amado alguém e ser correspondido, apenas a única resposta permanece que são ditas pelo silêncio e distância decidida que petrificam todos desejos futuros… Nada mais tenho que esperar. Prefiro acreditar no tempo e na verdade. Estou realmente cansada de ser despedaçada por corações impensantes. Cansei! Mas nada quebrará minhas motivações humanas de ser feliz. Pois só depende de mim. Eu sou minha própria vida-plena.

     Os horizontes expandiam outras nuances de verdade e estava decidida em seguir seu caminho sozinha, pois era mais superável e menos sofrível.

– Vida, eu só acredito a partir de agora em verdades por meio de ações. Cansei, cansei, cansei!!!! De palavreações que são palavras que tentam ser ação, mas se perdem em um monte de paradoxos….

     A vida apenas ergueu seus olhos e mostrou uma perspectiva mais saudável e disse baixinho: “Seja livre e feliz como a poesia fora do papel que lhe a aprisiona, como o céu fora do universo, como os sentimentos fora do coração, como pensamentos fora da cabeça e como corpo fora da alma.” 

     Dentro de si sabia que estava vivendo aquela transcendência, pois toda ocorrência tem suas justificações sejam elas válidas ou não. Entretanto, o melhor de tudo isso são os objetivos. Porque todos nós merecemos a felicidade no valor mais expressivo e real do seu sentido. Suspira, suavemente, e se liberta em formas de palavras:

– O amor comeu o amor e cuspiu indefinição… Mesmo assim ainda sou feliz… Sou minha força!

     Naquela noite o que restou foi somente um silêncio cortante. Ela guardou aquele texto que significava tanto e leu novamente, Os Três Mal-Amados, de João Cabral de Melo Neto. 

Os Três Mal-Amados

João Cabral de Melo Neto


Joaquim:

      O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

      O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

      O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

      O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

      Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

      O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

      O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

      O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

      O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.  Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

      O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

      O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

      Finalmente, conclui: “Ainda bem que nada disso me ocorreu. O amor comeu ele próprio.” O que restará só depende das ações da verdade. E voou levemente para infinito…

AMOR- AMOR- NADA- AMOR…

Paradoxo realista almificado pela injustiça

        Num turbilhão de palavras desconexas vivia num desespero agudo do abalo conflitante de seus sentimentos. Por que os fatos foram contra as marés de forma súbita e drástica? Até naquele instante gélido navegava dentro de uma incompreensão caótica em que aqueles mesmos olhares sem perdem na água salgada de sua própria alma. Ela se questionava naqueles dias o que significa o amor, já tinha uma conclusão rascunhada em sua mente. Primeiramente, existe um enorme abismo entre a palavra e a ação, ambas consagram essa plenitude, no entanto, elas dependem uma da outra. Pois se só tiver palavras e mais palavras virá uma grande ilusão, infelizmente, de muita dor e sofrimento sufocante que destroem as crenças nativas de uma vida feliz.

        Aqueles olhos estavam turvos numa miragem perdida em algum futuro distante que talvez nunca existirá. Cadê a coragem para tomar a decisão certa? Que amor é esse que tanto fala e demonstra em momentos e contradizem em outros, formando um paradoxo cíclico. Uma voz desencantada ressonou naquela escuridão reveladora e gritou para o Eco:

-Onde você quer chegar nesse labirinto com motivos poucos convincentes? Enfrenta a realidade e diga de uma vez a verdade e toma uma decisão certa. Sem meios termos, chega de antíteses! Chega de antagonismos! – sua voz estava suave mesmo estando sensivelmente abalada com toda a situação.

        O Eco apenas silenciou e fechou seus olhos. Será que ele estava se escondendo de algo? Será que era da vida do próprio amor declarado e talvez sentido. Aos poucos, as coisas se colidiram e transformaram em migalhas soltas que empoeiram toda a circulação sentimental.

        Naquele presente fúnebre ficava derrapando no passado que sempre sorria e demonstrava um amor tão intenso e límpido que sentia uma nostalgia em que nenhuma lágrima era capaz de deslizar. Eram tantos flashes que jorravam como se fosse pedras e machucavam ao se lembrar de seu presente tão injusto. Por que tinha que acontecer dessa forma? Ela se questionou dentro de seu coração:

– Por que, Eco, você fez isso comigo? Cada aquelas lindas palavras que encantava meu coração e alma. Isso era realmente verdade? No fundo, Eco eu acredito em suas linhas. Todavia, suas ações não condizem, isso me refiro alguns dias antes. Quero saber a verdade que se esconde atrás dessas linhas, entrelinhas de todo esse novelo confuso que declarou. Nada entendo. Tudo desentendo. Por enquanto, estou vivendo assim. Mas acabei de ter uma epifânia, Eco, sim. Uma epifânia. Sabe, o que importa que o amor  sempre vence no final e verdade sempre vem. Por isso, decido que minha felicidade depende de mim. Ser feliz está dentro de minha alma. Esse é meu valor real que ninguém jamais vai retirar de meu caráter. Essa convicção que tenho….

        Naquele momento Eco abriu seus olhos e se surpreendeu com aquelas afirmações. Sentou e pensou: “….”

        Imediatamente, aquelas luzes de lembranças invadiram sua mente:

….Muitas conquistas….

….Felicidade, amor, sorrisos ternos e braços unidos….

….Agora…

        Como tudo isso foi mudar? Se não é fim e nem um tempo. É o que então? O que estaria preso naquele olhar? Se sabia desde do fundo que as coisas tomariam esse rumo por qual razão pegou aqueles braços e fez aquele pedido. Chega de arrumar empecilhos. Diga a verdade plena. Pois somente esta que prevalecerá. Numa voz corajosa e decidida exclama:

-Ninguém é super herói, somos seres humanos com nossas limitações precisamos aproveitar o mais intenso e digno que a vida tem de oferecer. Se for amor que continue. Se for ilusão que desapareça. Eu sei  o que sinto e minhas ações correspondem. E você, Eco ? 

        Novamente outro silêncio que invadiu aquela caverna de questionamento. Ela sempre estará livre de sofrimento desprezíveis, pois:

-Eu sou minha própria felicidade!

O nunca do amor esbravejou…

        O vento trovejou em sua alma. Nada fora esclarecido ainda. Determinação. Coragem. Verdade. Ela leu a placa daquele lugar que dizia:

Almas Mortas Olhos Restantes”

        As coisas não poderiam continuar como estão. Que viva a verdade e dela que precisava.

As profundezas ilimitadas de amor


O esplendor existe e florescer dentro daquelas almas amantes de maneira vital, pura e intensa como uma luz fortificante inspirou para uma vida humanizadora e digna. Naquele momento fugaz sentia a plenitude que se intensificava e revelava o inusitado mistério de suas vidas marcava um evento maravilhoso e inesquecível que devorava lentamente seus desejos suspirantes que aspiravam:

– O amor é muito mais do que pensava… muito mais…

     Aqueles dois seres se completavam subitamente e neste instante tudo fizera sentido no mais profundo que essa ideia possa representar. Estavam tão serenamente conectados que finalmente todo aquele gigantesco amor estava jorrando de realizações e sonhos acordados.

– Como a vida é incrivelmente humana e intensa . Sinto que repentinamente que tudo é muito mais que amor, apesar de já ter desconfiado disso- exclamou a sua própria alma para ele e exalou o seu olhar que esverdeou todo aquele momento único.

– Eu sei, meu amor, eu te amo tanto que nem sei como exprimi essa profundeza – respondeu de maneira terna e a envolveu em uma abraço gentil e misterioso.

     Lá fora, a lua iluminava toda aquela profundeza amorosa enquanto dentro delas  existia um turbilhão de sentimentos… A noite era única como o amor cintilante daquele grandioso dia memorável como sempre serão todos os dias com ele, seu verdadeira e único amor.


O Desconhecido Esconderijo dos não-escritos

     Quanto tempo estava desejando declarar os passos de meus pensamentos e sentimentos que oscilam na claridade escura de cada compasso. Todavia, a felicidade é tão plena e digna que não há necessidade de divagações. Porque esse sentir é maior do que poderia escrever em linhas retas. Porque cada certeza é ressaltada em uma melodia encantada com a realidade. Porque o ser é muito mais digno do que simplesmente ter. Além de outros porquês.

     Não quero justificações, apenas transmitir para quem me ler a alegria cantante que se expressa a cada tropeços de sintonia escrita e aquelas não-escrita. Pois estou cada vez mais próximo desse esconderijo. Até então desconhecido…

     Dentro cada vez mais profundo estavam algumas expressões tão inovadoras que caminhavam num desejo único de marcar sua história. No entanto, alguma coisa não permitia e elas permaneciam em silêncio, escutando as batidas velozes de cada suspiro….

     Tudo que sentia estava além de qualquer expressão palavreada. Estava dentro daquele nós tão vivamente humano.

Versificação das nuances sentimentais

À medida que as manhãs eram saudosas,

seu desejo único de revê-lo a devorava. 

Estava perdidamente encontrada naquele olhar, 

Estava absolutamente valorizada naquele coração, 

Estava intensamente sentida naquela alma, 

Estava vivamente presa naquele amor, 

Como amava aquele esconderijo silencioso,
mas desconhecia quais eram sintonias que cochichava: 

“-Serenitude, Serenamente, Sermos, Ser feliz…Sempre”

….Talvez…. Tudo aquilo que merece viver: 

é simplesmente amar do fundo de sua própria vida

Quando aquele alguém se torna si mesmo.

É muito mais que a metade. 

É muito mais do que reconhecimento de vida pura.

É tudo aquilo que sempre buscamos e nunca pensamos um dia encontrar, 

entretanto sempre esteve ali…Esperando-me. 

Calmamente, acalma minha mente.

Por isso, chama-me quando quiser… 

Pois sempre estarei aqui. 

….

Após ler aqueles pequenos versos ele dorme serenamente e todas aquelas noites imaginou aquela luz radiante dentro do coração. Seria tudo aquilo a plenitude do amor…. Disso não tinha dúvidas.

Habituar-se

Todos os dias se passavam e nada de transformação, talvez uma simples borboleta possa revelar o verdadeiro plano. Estava plenamente serena, mas havia uma contradição naquele seu sentimento parecia que era uma forma de incômodo volátil que nascia atrás da parede do seu coração. Tudo aquilo possuía uma miscelânea de cores secretas e neutras que ela tinha medo de deparar com toda essa verdade.

Um dia, ela resolve desvendar aquele grito que se alimentava de sua dor com uma esperançosa finalidade de dissolver de vez aquela escuridão que se escondia cada vez mais fundo e ficava mais dolorido. Entretanto, ao dizer o sua dor para uma possível salvação nada fora feito. Apenas que foi escutado a mesma condolência, a partir disso resolveu tomar uma decisão:

“Precisava habituar-se a vida em suas desilusões. 

Habituar-se com a verdade que, às vezes, desencanta.

Habituar-se na tortuosa espera de te encontrar.

Habituar-se a crueldade do tempo. 

Habituar-se aos sorrisos que estão escondidos na distância. 

Habituar-se a dureza da realidade e sua exigência. 

Habituar-se a fragilidade de ser humano. 

Habituar-se simplesmente por se habituar a vida e suas dificuldades. “

Mas se não fosse tudo isso não teria o que vencer e nem a que se dedicar. Mesmo com pouco tempo ela sempre terá aquele mesmo sorriso secreto que aparece apenas para ele e outros sóis que nascem todas as manhãs. Dentro daquela alma sua esperança sempre vibrava e guardava as grandes transformações.

A busca dos sentimentos do corpo-alma

Nas variadas tempestades que viveu sempre sonhava a mesma arquitetura de utopia que resplandecia um beijo saltitante dentro de seu coração. Naquele horizonte que parecia longínquo, pensara se seria muito árdua e demorada a chegada do tão aguardado momento. Enquanto não chegava as chuvas faiscava todas as noites solitárias e gélidas. Sentia que escondiam os melhores e maiores sentimentos sentidos até então, no entanto, não tinha uma realidade para viver naquele momento.

Após as folhas do outono caírem e abrirem uma nova estação tudo se transformava gradativamente, desse modo, o seu coração foi liderado por uma força grandiosa e surpreendente. Pois naquele momento pela primeira vez na sua vida sentia a intensa batida do amor, depois daquele encontro de olhares, daquele beijo, daquele abraço e daquelas palavras ditas e sentidas deixadas as margens de suspiros confraternizava….o amor….

Nesse momento sabia que o seu maior sonho tinha se realizado e como cada instante posterior se tornava único e majestoso como uma poesia que eternizava lentamente todas as doces pétalas de muitos sentimentos. Não podia deixar de exalar como fora sofrida toda aquela espera, pensava que nunca encontraria de vez seu grande coração do amor. Agora, a cada passo caminhava alegremente nessa trajetória que viveriam por milhares de anos juntos. Quais seriam as cores que viveriam juntos ?

O tempo ressonava muitos segredos que aqueles ouvidos não podiam ainda escutar e naquele mistério viviam as emoções mais ternas que alguém poderia sentir. Portanto, todas as noites se questionava:

– Onde você esteve em todos esse milhares de anos que te esperei ? Por onde percorreu ? Onde se escondeu quando eu te chamava ? O que fez quando chorei de tristeza perdida na escuridão da vida ? O que sentiu quando fiquei feliz ? O que viveu durante todo esse tempo sem sentir e saber direto o que era o amor ? Não precisa responder nenhuma dessa perguntas agora, o que importa que nesse presente quero aproveita cada detalhe ao teu lado- disse com uma voz terna sorrindo e fitando aquele olhar que refletia todo o seu grandioso sentimento.

-Fique tranquila que temos a vida toda para responder todas essas perguntas. Enquanto isso quero aproveitar todo esse amor que esperei tanto em expressar. Agora vejo claramente que ele tem real significado- ele expressou com sorriso irresistível.

Depois eles selaram sua eternidade através de um beijo poético que irradiou todo aquele amor.Assim seria. Para sempre, talvez seria até pouco para expressar tudo aquilo que realmente sentiam um pelo outro.

As Cores da Vida

Em outro lugar onde havia mais esperança. Ela buscava entender aquilo que mais a surpreendia. Desconhecia a origem daqueles pensamentos, mas ordinariamente tudo aquilo a alimentava lentamente. Por que a vida às vezes escondia seus grandes mistérios ?

Diante de um breve olhar refletia toda a sua vida e suas respectivas re-significações, porque as cores mudavam tão rapidamente. O caminho era íngreme e não sabia exatamente qual direção continuar. Mas perante todas as coisas tinha certeza que existia apenas um motivo que deixava muito feliz, sabia que tudo isso expressava e sentia era a dignidade de ser amada e de amar aqueles mesmo olhos escuros que relembrava todas as manhãs e adormecia nas noites silenciadas pela saudade.

-Espero que o tempo tenha piedade de meu coração- expressou suas cores enquanto o vento batia em seus cabelos.

Simplesmente assim…

Tropeçava, rapidamente, em cada degrau de sua vida, às vezes, sentia um vento frio que congelava as vozes de suas expectativas, todavia, nunca perdia suas devoradas esperanças. Isso devido que elas sugava o núcleo vitalizo de sua alma. À noite, refletia sobre seus planos e realizações e ficava ansiosa aguardando sorridente um amanhecer esclarecedor.
– Até quando minha vida esconderá suas verdadeiras poesias e conquistas essenciais. Tenho receio de não concretizar todos os meus objetivos- ela exclama exaustivamente para o vento gélido daquela noite distante.
Com um semblante amistoso e pacífico o vento sibila uma possível resposta:
– Tenha paciência e nunca deixe de acredita em todas essas potencialidades. Quando sentir um grande sofrimento e incontentamento dentro do seu peito solte algumas lágrimas de alívio e continue a percorrer sua grandiosa trajetória. Tudo na medida certa e equilíbrio obterá muitos sucessos.
Depois de ressonar essas reluzentes palavras, o vento foi direção à lua para admirar a sua beleza ainda mais de perto.
A partir daquele momento o frio não mais a incomodou e juntamente como seus melhores sentimentos se restaurava lentamente.
-Não deixarei que nenhuma forma de sofrimento apague minha vontade de lutar e viver dignamente. O amor, a felicidade e a esperança são mais forte do que qualquer coisa ou manifestação negativa que poderia surgir- concluir olhando para mistério daquele futuro.

Confissões do tempo

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    Em todas as noites eu reflito sobre pedaços de minha vida e cada dia eu estarei construindo um grande coração de muitas lembranças, às vezes, reviro-me fazendo planos e traçando metas importantes para meu futuro. Mas sei que o tempo mais pleno de ser vívido é o presente, nada pode destruir a intensidade do aqui e agora.  Sem este elo os pretéritos e futuros não teriam nenhum sentido sequer.

    Agora eu também tenho certeza em que a literatura já é minha vida, dali que tiro minhas inspirações matutinas e noturnas, minhas composições de felicidades, minhas melodias poéticas, meus contos aspirantes e a minha primeira crônica que nasce aos poucos numa bela manhã. Não consigo imaginar minha vida sem um livro ao lado para compartilhar os melhores sentimentos do mundo, além de todos os dias escutar uma bela história que me faz adormecer, ternamente, no recanto de muitos sonhos.

    Parece que cada simplório dia até ao mais complexo vivo, plenamente, algumas páginas de diversos romances atmosféricos, sentimentais, lunáticos, introspectivos, que são os meus favoritos, contestadores, revolucionários e indefinidos. Apesar de que confesso que muitos romances bons são mesclados de cada tipo de coisa, por isso considero mais eficiente não classificá-los e entendê-los completamente. Desse modo, tenho uma tarefa mais árdua e perpétua que é senti-lo cada alma pulsante do autor, da história, dos personagens das palavras que contornam todos os cenários, eventos, ações e fatos de cada romance. Admito que não é algo simples de se realizar, pois exige muito da alma, do coração, ou melhor, do nosso núcleo do corpo-alma(é elo que liga interruptamente o físico e o metafísico, tornando um único ser). Nesses contrastes de nuances vivo e renasço cada letra em um sentimento digno e humano, para assim me torna humana ainda mais.

     Dentre várias experiências que tive com a literatura os autores que se ressaltam e fazem o meu corpo-alma se surpreender são: Clarice Lispector, Virgínia Woolf, Cecília Meireles, Simone Beauvoir, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Alberto Caeiro heterônimo de Fernando Pessoa, José Saramago, Rubem Alves e por fim Viviane Mosé. Além de muitos outros, se for citar todos nesta crônica poderia se transformar em um artigo sobre nomes de grandes literários, e este não é o objetivo.Por isso, peço perdão aqueles que não foram citados isto não quer dizer que amo menos, mas que prefiro mandar em sigilo em um silencio amistoso e harmioso.

     Em relação aos fatos que vivi já tenho em destaque três: o que mais admiro é atingir o ápice das profundezas oníricas do ser  é quando o livro identifica cada parte de sua alma revelando como se fosse algo íntegro e puroe isto aconteceu em,  Uma aprendizagem ou O livros dos prazeres, de Clarice Lispector. Já li apenas três vezes e cada vez que leio descubro mais de mim a cada pulsar de palavra, principalmente, a busca de humanização pela personagem Loreley. O outro aspecto é chamas das contestações inquietantes que ocorre, na maioria das vezes, em que os romances que criticam e denunciam a sociedade, valores e crenças como foi em, Quando o Espiritual Domina, de Simone Beauvoir.  Praticamente briguei com o livro bati para ver se algumas das personagens escutavam meus conselhos, no entanto, foi em vão  infelizmente elas não compreendiam o que eu dizia. Dessa maneira, considero um livro para ler com cautela, pois se tiver um acesso de revolta jogará contra a  parede para tentar fazer alguma personagem ter escutar. Por último, o que acho o mais insano do bom sentido que provoca crises libertadoras de loucura e isso aconteceu no  Ensaio da Cegueira e Ensaio da Lucidez, que são obras primas, de José Saramago. Considero que o primeiro causou câncer em meu cérebro pelo forte impacto que teve em minha mente  e é uma dor muito forte dentro dela ecoa um grito de liberdade dolorida que todos precisam sentir para se torna mais críticos socialmente, não que me tornei exatamente isso mais estou caminhando, lentamente, de passos sinceros e com muitas esperanças. Enquanto o segundo promoveu uma reflexão tão profunda que até esquecia que tudo isso era uma história fictícias, claro de grande valor social e político.

     Diante dessas profundas, chamuscas e insanas experiências com literatura cada segundo estou vivendo este mesmo presente tão secreto que e ,às vezes, tão surpreendente irreal que penso que vida é um sonho acordado, no qual só despertamos quando descobrimos qual é mistério da vida e de viver. Também, penso que a realidade em algumas circunstâncias se encontram tão surreal que melhor forma de eternizar esse momento era estagna-lo, todavia, sei que isso é impossível, dessa forma, colocou uma a uma dentro do meu coração. Assim como minha vida se torna mais humana através dessa ação e da literatura eu me tornou mais digna e justa em que somente aceitarei a felicidade e amor sentados no torno do reino dos meus sentimentos.

     Como não poderei esquecer também de relatar que esta descoberta e ânsia pelos livros nasceu alguns anos atrás a partir da A marca de uma lágrima, de Pedro Bandeiro. Neste romance descobrir elementos românticos juvenis que me encantou profundamente e me tornei amante, namorada, noiva, amiga, filha, mãe, tia, professora, esposa e mulher por completo por intermédio de vozes que declaram a verdadeira alma do autor que são os livros.

     E neste agora, como fica o tempo neste exato momento ? Ele só tem um objetivo que é mostrar como a vida vale a pena ser vivida intensamente. Não deixarei de cumprir esse conselho que pulsa em minha alma. Eu confesso por fim: “Sou o tempo, sou meu presente eu sou a vida mais humana…”

 

 

O sempre do amor

 

      O TUDO , realmente, dignificou-se e  humanizou-se por inteiro, nem mesmo os além das palavras seriam capaz de conotar a grandiosidade daquela felicidade pincelada em cada instante. Uma iluminação de verdade radiou por todos os lados e percorreu por todo aquele corpo-alma, pois agora não poderia viver mais aqueles imensos sentimentos. Sentia que o amor ainda era pequeno para descrever toda a dignificação e pureza que exalava em ligeiros e coloridos sorrisos.

      Finalmente,  o coração da verdade foi humanamente revelado como se fosse o ar mais singelo e límpido que poderia respirar, sentiu que estava voando ao não-tempo e aquela mesma sensação peculiar e familiar que sempre invadia quando ele destilava cada pulsar em palavra era como uma eterna melodia tocada pela alma em que apenas ambos poderiam escutar. Brevemente, estava nascendo o verdadeiro sentido de tanta espera e idealizações, agora a sua vida era a mais plena e humana possível. Não imaginava algo mais forte do que sentia no âmago do presente que permaneceria além dos estalares da eternidade e de qualquer forma de definir os verdadeiros sóis da vida humanística.

      Naquele presente o TUDO foi atingido tão naturalmente que nem mesmo tiveram a intenção de chegar tão além, mas aqueles corações ansiava chegar naquela nova atmosfera tão vitaliza. Parecia que toda sua vida fizera o real e total sentido no agora, aquele momento rápido era a marca mais profunda que poderia guarda em suas pupilas memoráveis. Como se tudo existisse, mas naquele estalar tudo manifestou suas sinceras e mais intensas nuances que nunca havia visto, apesar de sempre existir dentro daquele olhar tão esperançoso.

      A sua felicidade era tão inteira e digna que estava levitando, pois era de uma leveza tão tremenda que seus passos eram em cima dos ares de purificação. Subitamente, seus olhos congelaram aquela bela e radiante imagem daquele rosto que jamais deixaria de encanta-la com tanta beleza, sabedoria e ternura. Daquele mesmo olhar quando pulsou aquelas esperadas palavras de amor e ternura.  Como poderia ter tanto amor naqueles corações que jorravam a felicidade mais pura que jamais tinha vivido. Sabia que era a única vez.

     Em uma nova intensidade tinha absoluta certeza que aquele era o verdadeiro amor humanizado. Como um despertar disse agradecida para sua vida:

– Em breves palavras transmito mais que minha gratidão, mas minha felicidade por nunca ter desistindo de procura o verdadeiro amor – ao terminar exalou o maior sorriso que poderia sentir

-Não precisa agradecer apenas aproveitar sua felicidade plenamente.

     Ao dizer essas últimas palavras radiou numa escuridão tão serena que nem as estrelas conseguia esconder aquela magnitude. As estrelas do seu nome deu significado naquele T…U..D…O que unia mais que olhares e sim almas de corações. Às vezes, pensava que o amor ainda era pouco para sentir realmente a imortalidade daquele SENTIMENTO.

 

 

 

As notas escorregam

Dentro de breves lembranças- Texto escrito em 2010

      Numa noite serena escutando novamente a canção da despedida, nas notas deslizantes que flutuavam na atmosfera. Os lábios, lentamente, abriam para ingerir as notas que alimentava a alma como um sussurro inalado de uma lembrança. As notas percorriam um percurso longínquo, levando as duas metades repartidas. Ela e ele, lado a lado caminhavam sob a canção do violino. O instrumento era tocado pelo amor que se consagrava entre os dois corações. Os passos não eram caminhando pelos pés, mas pelos pulsares das notas. 

– Segure firme minha mão, para que não caia em seu coração – diz ela numa voz mansa cheia de ternura.

– Não adianta mais, você estará para sempre dentro dele, o seu sangue vitalizo é a minha vida, como eu sou em ti. Somos nossas vidas, gota a  gota – diz ele se aproximando suavemente.

      As pálpebras se fecham lentamente, sentido o dispare do coração e da respiração em suspiros de desejos arfantes. Os lábios se aproximam estalando um beijo terno e sinfônico estavam desintegrando ao infinito, onde as notas escorregam nas profundezas além do mundo. Eram as notas de uma canção. 

Adeus escuridão

 

      Imediatamente, tudo que tinha existência se transformavam bruscamente numa nova abstração tão única e perfeita que até perdia o fôlego só de pensar-sentir. Aquelas novas expressões invadiam todos suas cálidas madrugadas de linhas elaboradas de ares de muita humanidade.

     O pretérito daquela vida que, às vezes, se perdia em tênues escuridão era inexistente, pois  tudo isso foi abolido completamente.  Aquele traço de grandiosa vida trouxe uma luz inesgotável dentro da alma-coração daquela humana vida que pulsava cada vez mais o desejo de fitar a despedida tão leve e saltitante daquela escuridão. Nunca mais veria essa ausência de felicidade em sua vida e dores da desumanidades. Nunca mais seria enganada, traída e desvalorizada. Porque tinha certeza que finalmente seria reconhecida como um mulher de verdade sem estereótipos e dissimulações, assim era apenas o mais natural dela e nada fazia para alternar aquela personalidade.

      Como aqueles mesmos olhares que transmitiam quando sentia algo tão profundo na sua  integridade pensou sorrindo que estava livre. Aquela era uma liberdade conquistada e aprendida duramente, mas sua recompensa era imensurável que tinha uma textura tão macia e “nuvelada” que se perdia em reminiscências tão cheia de graça e paixão que as luzes do dia, tarde e noite percorriam rapidamente por toda a corrente sanguínea da alma daquele coração.

      Tinha muitas expectativas dali em diante. Quais seriam as novas faces de vida que passaria?  Não poderia responder nesse momento o não-tempo que tratou de guardar muitos segredos,  apesar de deixa-la curiosa era um excelente recurso para construir todos os dias o clímax daquela eterna e inesperada história. E as mesmas linhas que fincavam entre as palavras também intermediava a melhor sensação e sentimento que poderia vivenciar. Os olhos nunca mentiam, por mais que pensava que era surreal para não ser realidade tinha certeza que não, pois aqueles olhares comprova a existência de utopias.

 

O Meta-Horizonte, a Meta-Linguagem e a Metonímia

Tudo se consolidou em sorrisos, olhares, gestos, elo em palavras e…

em abraços dignos

Sua humanidade era a parte mais terna que poderia transformar.

TUDO aquilo era grande demais para sentir

O que aqueles olhos expressam que nenhuma palavra conseguia exprimir?

nem em versos e em linhas que representam “metonicamente” um grandioso TUDO

Só consiga se exalar por parte

Pedaço à pedaço construía um poema marítimo que escondia

os seres mais sagradas da terra mesmo que perdia o ritmo

a verdade era sempre declarada de talvez uma alma revelada e ….

Aqueles novos destinos foram os melhores de sua vida

Que sempre diz discretamente:

… … …

o pulsar continua num novo e libertador

compasso e suas mãos é forma de relacionar com a palavra

assim como seu coração é porta-voz de seus sentimentos

e sua verdade é brilho daquele mesmo encontro de olhares:

Ainda a única dúvida é que tinha medo de não saber lidar com tamanha felicidade.